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  • December 13, 2002

Speaker

Abstract (in Portuguese)

Como o título indica, relacionarei prosódia e domínio da oralidade (i) procurando apresentar (de um modo necessariamente parcelar) evidências e argumentos a favor da integração deste nas experiências linguísticas e educativas que é imperativo proporcionar na aula de língua portuguesa (ii) e (como não podia deixar de ser, para quem também é formadora de professores) procurando dar um contributo para o acesso dos professores a um conhecimento fundamentado sobre propriedades da língua portuguesa e sobre o modo como estas são usadas em situações de comunicação diversas, sem esquecer a potencial relevância dessas mesmas propriedades em contexto de ensino formal.

Concentrar-me-ei em aspectos estruturais básicos da prosódia, nomeadamente nos padrões entoacionais que dão forma ao Português falado - em exposições orais espontâneas e preparadas, produzidas na aula de Português - revelando a coesão entre unidades adjacentes, marcando fronteiras estruturais e assinalando o grau de importância destas. Essa caracterização é feita com base na variação dos contornos de frequência fundamental (Fø). Note-se que nem o estabelecimento de coesão/disjunção entre constituintes consecutivos é a única função da prosódia, nem a variação de Fø o seu único expoente. Sobre aspectos fundamentais e interessantes da prosódia... muito mais há para dizer! Centrar-me-ei aqui na variação da entoação (de Fø), uma vez que ela é um dos mais importantes mecanismos de que um falante dispõe para a organização do contínuo de discurso e a adaptação a diferentes situações de oralidade. Daí a sua potencial relevância para a progressão da aprendizagem no domínio da oralidade, e para o desenvolvimento do conhecimento sobre a língua e os seus usos, no âmbito da disciplina de língua materna.

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