O trabalho proposto começou por ser uma forma de substituir o compilador de EC++ da plataforma IK. A sua evolução alargou os objectivos até à obtenção de uma funcionalidade semelhante à do IK, mas sem necessidade de definir uma nova linguagem e, assim, de alterar um compilador.
A plataforma apresenta mais funcionalidade que o modelo proposto. Este apenas se preocupou em mostrar como seria construída uma aplicação e como se providenciariam os serviços de distribuição e persistência. Apesar de estes serviços serem apenas dois dos que fazem parte da funcionalidade da plataforma IK, mostrou-se que é posível empregar as técnicads de forma útil, para obter resultados semelhantes.
A programação nos dois casos é incompatível a nível de código fonte, pois não há relação entre as estruturas internas dos dois sistemas e as formas de acesso aos diversos serviços baseam-se em mecanismos diferentes. A adaptação do código IK para suportar o código do modelo proposto não se prevê ser muito difícil.
O primeiro passo na conversão seria a passagem das classes derivadas de Aida para classes possuindo envelopes. A classe Aida é a classe da qual uma classe deve derivar, para ser reconhecida como uma classe EC++. Esta é uma equivalência entre as entidades do nível da aplicação que são reconhecidas como especiais pelos mecanismos de suporte de mais baixo nível.
O passo seguinte seria a conversão de chamadas a métodos especiais relacionados com a plataforma, assim como invocações a objectos especiais, pelas suas equivalentes no modelo proposto, se for caso disso. Repare-se que na plataforma IK alguns mecanismos estavam interligados, pelo que, no modelo proposto, a codificação vai estar dependente da função a desempenhar. Como exemplo pode tomar-se um objecto ao qual se quer aceder remotamente: no IK a exportação tornava-o, também, automaticamente persistente. No modelo proposto, é possível separar as duas características, pelo que bastaria a exportação do objecto (que não seria persistente).
O passo final seria dado pela inclusão de uma função main na aplicação. Esta função não existe na plataforma, pois esta permite começar a execução com a invocação directa de qualquer método. O modelo proposto, utilizando bibliotecas, em lugar de uma plataforma, para suporte à execução, precisa de utilizar uma aproximação mais convencional ao arranque da aplicação.
O modelo proposto tem a vantagem, em relação ao IK, de não ser uma entidade monolítica, i.e., ou está presente toda a funcionalidade, como numa classe EC++, ou não está nenhuma (pelo menos de forma directa), como numa classe C++. É possível separar a funcionalidade e usar apenas a que se pretende, pois cada módulo é independente dos outros.