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05-09-2005 12:23:00. Fonte LUSA. Notícia SIR-7292808 Temas: sociedade portugal ciência lisboa Ciência: Mais de mil especialistas discutem relação entre máquina e fala

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Lisboa, 05 Set (Lusa) - Com o objectivo de discutir e conhecer o que de mais recente se tem feito sobre a tecnologia linguística e da fala, cerca de 1.300 investigadores e especialistas reúnem-se a partir de hoje em Lisboa numa conferência internacional. "A ideia é que se troquem ideias sobre o que se anda a fazer no mundo acerca dos sistemas desenvolvidos na área da fala, da língua e da tecnologia", explicou à agência Lusa Luís Oliveira, investigador do Instituto Superior Técnico e membro da organização da conferência. Na Interspeech 2005, 9ª Conferência Europeia de Tecnologia e Comunicação Falada, que decorre até quinta-feira em Lisboa, participarão, por exemplo, os investigadores que criaram o sistema que o cientista Stephen Hawking (que tem um problema cerebral que lhe afecta a fala e a locomoção) utiliza para comunicar com o mundo. Na sessão de abertura, hoje no Centro Cultural de Belém, a sede da Interspeech, o investigador australiano Graeme Clark apresentou o trabalho que tem desenvolvido com pessoas que têm problemas auditivos. Premiado pela associação que organiza este fórum internacional, Graeme Clark desenvolveu um sistema de implantes, que inclui um circuito de computador, que estimula a cóclea, o chamado parafuso de Arquimedes, na parte do ouvido interno. "O sistema permite que pessoas surdas à nascença consigam normalizar do ponto de vista auditivo", explicou Luís Oliveira, antes de Clark iniciar a apresentação. É pela diversidade de abordagens à fala que a conferência de Lisboa conta com a participação de especialistas de diferentes áreas científicas, da informática à engenharia linguística, da reabilitação à terapia e à medicina. O diálogo entre máquina e fala também será abordado em Lisboa, como o uso dos computadores no desenvolvimento linguístico. "Há um degrau a ultrapassar porque o computador ainda não é suficientemente inteligente", referiu Luís Oliveira, do Inesc - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores. Dando como exemplo os telemóveis, o investigador português refere que os sistemas computacionais aceitam vocabulário falado, mas não o compreendem e é preciso humanizar e estabelecer diálogos com o computador, uma realidade não muito distante e que poderá estar ao alcance de todos mais depressa do que se pensa. Até quinta-feira, a intenção é mesmo promover a troca de informação sobre os desafios da fala entre os mais de mil participantes, muitos deles oriundos dos Estados Unidos, Japão e China. No encerramento do Interspeech 2005, o tema a ser abordado será o fado, com Teresa Machado e Daniel Gouveia a explicarem e a interpretarem os diferentes estilos, evolução histórica e temática. SS. Lusa/Fim

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