Diz-se que um objecto está distribuído quando sobre ele é possível efectuar operações remotas com possível retorno de um valor. O modelo de invocações remotas, estando enquadrado no modelo genérico de serviços, prevê que aquelas sejam realizadas de forma transparente, i.e., o código que faz a invocação não precisa de saber se ela é remota ou não, a não ser para eventual tratamento de erros (ver secção 5.1.12).
Existem várias formas de realizar sistemas transparentes para realizar invocações remotas, e.g. o modelo utilizado no IK [Lopes, 1992,Sousa et al., 1993]. No modelo apresentado neste documento optou-se por realizar uma que fornecesse e utilizasse, ela própria, uma estrutura orientada para objectos. O mecanismo de controlo da distribuição pressupõe uma estrutura cliente/servidor, associada a cada interface, i.e., a cada classe de envelope. Os vários objectos, que são exportados ou importados por um contexto, são associados às estruturas das suas interfaces e assim disponibilizados globalmente.
Na presença de distribuição, um envelope não est'a necessariamente associado a uma carta. Em lugar desta pode existir um outro objecto que a representa. Este, que será designado por representante, não é mais que o lado do cliente de uma ligação remota.