Introdução aos Objectos: Difference between revisions
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C++, tal como C, permitem a criação de objectos em memória estática (numa secção do programa executável), na pilha das funções e no ''heap'' (reserva de memória dinâmica). Os objectos criados estaticamente existem durante todo o programa; os criados na pilha de funções (incluindo os que são criados em blocos internos de funções), são destruídos quando o contexto onde foram criados termina; os objectos criados no ''heap'' têm de ser destruídos explicitamente (através do operador '''delete'''). Note-se que, quando se mencionam objectos, não se referem apenas instâncias de classes, mas de qualquer tipo (incluindo os primitivos). | C++, tal como C, permitem a criação de objectos em memória estática (numa secção do programa executável), na pilha das funções e no ''heap'' (reserva de memória dinâmica). Os objectos criados estaticamente existem durante todo o programa; os criados na pilha de funções (incluindo os que são criados em blocos internos de funções), são destruídos quando o contexto onde foram criados termina; os objectos criados no ''heap'' têm de ser destruídos explicitamente (através do operador '''delete'''). Note-se que, quando se mencionam objectos, não se referem apenas instâncias de classes, mas de qualquer tipo (incluindo os primitivos). | ||
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Gato g1; // objecto estático (criado a nível global) | |||
Gato *pg1; // Ponteiro global para instância de Gato | |||
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void f() { | |||
Gato g2; // objecto criado na pilha de f | |||
Gato *pg2; // ponteiro criado na pilha de f | |||
pg2 = new Gato(); // objecto criado no ''heap'' | |||
delete pg2; // objecto apontado por pg2 é destruído | |||
} // g2 e pg2 são destruídos automaticamente | |||
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class A { | |||
Gato g3; // objecto em A (destruído com a instância de A) | |||
Gato *pg3; // ponteiro em A (destruído com a instância de A) | |||
public: | |||
A() { | |||
pg3 = new Gato(); // objecto criado no ''heap'' (fora da instância de A) | |||
} | |||
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delete pg3; // destruição do objecto apontado por pg3 | |||
} | |||
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Em Java, embora referências e instâncias de tipos primitivos possam ser criados no contexto de outros objectos ou nos blocos de funções (pilha), as instâncias de classes apenas podem ser criadas no ''heap''. As entidades criadas em contextos voláteis são automaticamente destruídas (como em C/C++). As entidades criadas no ''heap'' devem ser destruídas quando já não são necessárias (para libertar a memória). No entanto, ao contrário do C++, em Java não existe nenhum operador de libertação explícita de memória, sendo a libertação da responsabilidade de um processo automático, o ''garbage collector''. Este processo destrói periodicamente os objectos que não são referenciados por outros ou por qualquer referência de um contexto activo (e.g., uma referência local a uma função). | Em Java, embora referências e instâncias de tipos primitivos possam ser criados no contexto de outros objectos ou nos blocos de funções (pilha), as instâncias de classes apenas podem ser criadas no ''heap''. As entidades criadas em contextos voláteis são automaticamente destruídas (como em C/C++). As entidades criadas no ''heap'' devem ser destruídas quando já não são necessárias (para libertar a memória). No entanto, ao contrário do C++, em Java não existe nenhum operador de libertação explícita de memória, sendo a libertação da responsabilidade de um processo automático, o ''garbage collector''. Este processo destrói periodicamente os objectos que não são referenciados por outros ou por qualquer referência de um contexto activo (e.g., uma referência local a uma função). |
Revision as of 22:52, 30 September 2010
Esta secção apresenta conceitos fundamentais para a programação com objectos. Embora a maioria dos exemplos e da discussão utilize a linguagem Java, também se apresentam em paralelo outros baseados em C++. Quando relevante, podem ser utilizadas outras linguagens (e.g. PHP).
Embora algumas linguagens de programação com objectos não usem classes (e.g., as baseadas em protótipos), as que se discutem nestas páginas são, em geral, baseadas em sistemas de classes relacionadas por hierarquias de herança.
Introdução à programação
Entidades Básicas
- Tipos primitivos em Java: dados atómicos simples;
- Classes, objectos e referências (Java): referências e estruturas compostas (contraste com C/C++);
Organização de Memória e Visibilidade
A forma como as linguagens de programação organizam a memória e permitem a criação de objectos pode condicionar o modo de programar e a simplicidade de criação e destruição de objectos.
C++, tal como C, permitem a criação de objectos em memória estática (numa secção do programa executável), na pilha das funções e no heap (reserva de memória dinâmica). Os objectos criados estaticamente existem durante todo o programa; os criados na pilha de funções (incluindo os que são criados em blocos internos de funções), são destruídos quando o contexto onde foram criados termina; os objectos criados no heap têm de ser destruídos explicitamente (através do operador delete). Note-se que, quando se mencionam objectos, não se referem apenas instâncias de classes, mas de qualquer tipo (incluindo os primitivos).
<cpp> Gato g1; // objecto estático (criado a nível global) Gato *pg1; // Ponteiro global para instância de Gato </cpp> <cpp> void f() {
Gato g2; // objecto criado na pilha de f Gato *pg2; // ponteiro criado na pilha de f pg2 = new Gato(); // objecto criado no heap delete pg2; // objecto apontado por pg2 é destruído
} // g2 e pg2 são destruídos automaticamente </cpp> <cpp> class A {
Gato g3; // objecto em A (destruído com a instância de A) Gato *pg3; // ponteiro em A (destruído com a instância de A)
public:
A() { pg3 = new Gato(); // objecto criado no heap (fora da instância de A) } ~A() { delete pg3; // destruição do objecto apontado por pg3 }
}; </cpp>
Em Java, embora referências e instâncias de tipos primitivos possam ser criados no contexto de outros objectos ou nos blocos de funções (pilha), as instâncias de classes apenas podem ser criadas no heap. As entidades criadas em contextos voláteis são automaticamente destruídas (como em C/C++). As entidades criadas no heap devem ser destruídas quando já não são necessárias (para libertar a memória). No entanto, ao contrário do C++, em Java não existe nenhum operador de libertação explícita de memória, sendo a libertação da responsabilidade de um processo automático, o garbage collector. Este processo destrói periodicamente os objectos que não são referenciados por outros ou por qualquer referência de um contexto activo (e.g., uma referência local a uma função).
Quanto à visibilidade, as entidades estão, em geral, acessíveis no contexto onde são declaradas (e.g., um bloco de uma função), ou são globais. No caso de entidades declaradas no contexto de objectos, o acesso é completo a nível da definição do objecto. O acesso de fora do objecto depende de vários factores, em geral controláveis por primitivas da linguagem. Ver as palavras chave public ou private em linguagens como o C++, o Java ou o PHP.
Classes e Objectos
- Definição de classes simples: conceitos de variável e método;
- O uso da palavra reservada
static
: definição de dados e funções partilhados;
Convenções de Escrita
As convenções de escrita, embora irrelevantes do ponto de vista do compilador (no sentido de que o compilador aceitará o programa desde que correctamente especificado na linguagem em causa), são importantes do ponto de vista humano, pois melhoram a legibilidade do programa.
- Escrita e compilação de programas.
Operadores, Expressões e Controlo de Fluxo
Operadores e Expressões
- Apresentação e discussão de operadores, expressões e operações de conversão de tipos primitivos e objectos em Java
- Aspectos relacionados noutras linguagens (C/C++/Smalltalk)
- Método
equals
- Casts
- Restrições às operações sobre booleanos
Controlo de Fluxo
- if-else
- while, for, do-while
- break, continue, return
- switch-case-default
- Comparação com outras linguagens semelhantes
- Exemplos simples
Exemplos e Exercícios
Exemplos
- Exemplos de Classes em Java: "Hello world".