O desenho do sistema não implica a existência de ferramentas. Elas são, no entanto, bastante úteis na programação, pois, além de aumentarem a eficiência com que as operações de construção da aplicação são realizadas, permitem libertar o programador de actividades repetitivas e pouco criativas, como a geração de envelopes, por exemplo.
As ferramentas utilizadas são-no em tempo de programação, ou seja, antes da actuação do compilador. Como não há alteração da linguagem utilizada na programação da aplicação, para suportar as características especiais dos objectos por ela utilizados, não é importante a escolha de compilador. Consequentemente, tem-se que, sendo o compilador genérico, não vai fazer distinções entre código escrito pelo programador e o produzido pelas ferramentas, i.e., o compilador não reconhece código de forma especial como acontecia, e.g. no compilador de EC++, em relação à classe Aida e suas derivadas.
A utilização das ferramentas pode ser feita em diversos estádios do desenvolvimento do protótipo da aplicação. É de prever que a acção de uma ferramenta se torne tanto mais complexa quanto mais tarde actuar no processo de criação da aplicação, uma vez que quanto mais próximo estiver o resultado final, mais informação existe para ser manipulada. De forma semelhante, uma ferramenta será tanto mais complexa quanto mais abrangentes forem as suas acções, mais uma vez por causa da quantidade de informação em jogo, quer para processar (dados de entrada), quer para gerar (dados de saída).
As ferramentas a utilizar pretendem-se simples. Ou seja, é preferível ter um conjunto de ferramentas simples, cada uma realizando uma pequena parte da tarefa, a ter uma ferramenta complexa que realiza a tarefa de uma vez só. Assim, no desenvolvimento da aplicação vão estar envolvidas para geração de envelopes, de cartas e de descrições de interface, todas operando sobre a hierarquia de classes original. Ver-se-á, no capítulo que descreve o protótipo que, mesmo estas ferramentas, podem ainda ser subdivididas.